asd :: atualização semanal da diversidade
26 de junho a 2 de julho de 2025 I Nessa edição: negligência desumana da BRF, lojas Natura focadas em D&I, desistências de pessoas LGBT+ de vagas por medo da cultura da empresa e muito mais!
🗣️ TÁ DANDO O QUE FALAR
revoltante
BRF é condenada a pagar R$ 150 mil por negar ajuda a empregada grávida de gêmeas, que entrou em trabalho de parto no frigorífico e perdeu os bebês. Supervisor já havia sido acusado por assédio moral e práticas injustas. | G1
💣 COMITÊ DE CRISE
assédio e complô
Empresa de alimentos é condenada a pagar R$ 15 mil por discriminação contra profissional trans. Após usar o banheiro feminino, ela sofreu ofensas, piadas e um abaixo-assinado pedindo sua demissão. | G1
homofobia
União é condenada a pagar R$ 200 mil por falas homofóbicas do ex-ministro Milton Ribeiro, que afirmou que a homossexualidade seria resultado de “famílias desajustadas”. | Folha de S.Paulo
🔎 EM NÚMEROS
prioridades
Pesquisa com executivos C-Level mostra que, com o avanço da idade, a família passa a ser mais valorizada do que a carreira. Arrependimentos são mais comuns entre as mulheres, reflexo de pressões sociais e divisão de papéis. | InfoMoney
avanço
Ranking do GPTW destaca aumento de mais de 20% na presença de pessoas negras em cargos de liderança. Oportunidade de crescimento segue como principal motivo de permanência nas empresas. | PropMark
gênero e IA
Pesquisa mostra que mulheres se sentem menos confortáveis que homens com o uso da IA generativa, tendo uma maior preocupação com a perda da capacidade crítica. | Exame
métricas
Pesquisa da to.gather mostra que 70% das empresas têm estratégias de D&I, mas só 44% vinculam metas à avaliação. Já levantamento feito pela HSR Specialist Researchers aponta que, mesmo com aumento de ações de inclusão LGBT+, só 30% das empresas medem retorno financeiro. | Exame e Valor Econômico
ambiente hostil
Pesquisas apontam que pessoas trans ganham 20% menos e ocupam só 0,8% dos cargos. Já entre a população LGBT+, 70% já desistiram de vagas por medo da cultura da empresa, mais de 70% sofreram preconceito e 60% preferem trabalhar sozinhos. | IstoÉ Dinheiro, InfoMoney e CNN Brasil
🎯 EM AÇÃO
lealdade
C&A, Globo, Heineken, L’Oréal, Nestlé e outras marcas mantêm compromisso com a comunidade LGBT+, que movimentou R$ 18,1 bi no último ano. | Valor Econômico
foco nelas
Grupo Boticário capacita 37 mil mulheres empreendedoras, investe na formação de pessoas negras na tecnologia e promove diversidade em 96% das franquias. | Exame
correndo atrás
Carrefour mira 50% de lideranças negras e femininas até 2030, com ações em cultura, segurança e governança, com programas que já impactaram 4,5 mil pessoas. | Capital Reset
afirmativo
Grupo L’Oréal abre inscrições para programa de trainee, com 50% das vagas do processo seletivo destinadas exclusivamente a pessoas negras. | Você S/A
📈 NOS NEGÓCIOS
reparação
Campanha da Diageo com AlmapBBDO reconhece Alaíde Costa como Mãe da Bossa Nova e vence prêmios no MMA Smarties e Grand Prix em Cannes, resgatando protagonismo de mulheres negras na história da música. | Exame
vitrine
Natura lança protocolo contra preconceito e abre lojas com foco em diversidade, com ações voltadas à população LGBT+, mulheres e pessoas negras. | Folha de S.Paulo
no pé
Adidas lança primeira chuteira feita para mulheres atletas após 10 anos de estudos sobre anatomia feminina. | Metrópoles
🏛 PODER PÚBLICO
ajustes
Presidente Lula sanciona lei que inclui incentivo ao empreendedorismo para pessoas com deficiência, mas veta trechos por termos desatualizados e insegurança jurídica. | Valor Econômico
só no papel
STF amplia direitos LGBT+, mas especialistas apontam falta de política pública para garantir aplicação no dia a dia. | Folha de S.Paulo
assinou
Brasil adere à declaração internacional por direitos LGBT+, que defende a descriminalização da homossexualidade, combate à discriminação e promoção de políticas de diversidade. | Agência Brasil
finalmente
STF determina que redes sociais podem ser responsabilizadas por não remover conteúdos de racismo, homofobia e crimes graves, mesmo sem ordem judicial específica. | Alma Preta
🚀 OPORTUNIDADES
plim plim
Globo abre oficina exclusiva para mulheres assistentes audiovisuais, com formação teórica e prática. | G1
🏆 RECONHECIMENTO
brilhou
Roberta Garcia, do ICL, é eleita a 2ª jornalista negra mais admirada do Brasil no prêmio +Admirados Jornalistas Negros e Negras da Imprensa Brasileira. | ICL Notícias
🎤 PONTO DE VISTA
calma lá
Em entrevista, Guibson Trindade, gerente-executivo do Pacto de Promoção pela Equidade Racial, afirma que o retrocesso nas ações de diversidade nos EUA não deve se repetir no Brasil, onde políticas afirmativas têm base legal e apoio social fortes. | Folha de S.Paulo
sem andar pra trás
Advogado Bruno Becker destaca que a diversidade LGBT+ é essencial para negócios, impulsionando inovação, produtividade e conexão com consumidores, especialmente a Geração Z. | Nexo
crucial
João Ribeiro, vice-presidente do IBEF-SP, afirma ao Valor que a inclusão racial não pode ser vista como obrigação, mas como valor inegociável, uma vez que a diversidade é essencial para justiça histórica, sustentabilidade e vantagem competitiva no mercado. | Valor Econômico
👀 E MAIS
na onda
Ogilvy demite 700 pessoas e encerra setor de diversidade após queda de receita e sinaliza alinhamento com política conservadora dos EUA. | Folha de S.Paulo
Como Treinar seu Dragão, em cartaz nos cinemas
Um filme pra quem curte histórias que subvertem a ideia de herói tradicional. A história acompanha Hiccup, um garoto que não tem nada do típico guerreiro viking: ele é magro, meio desajeitado e prefere usar a cabeça em vez da força bruta.
Nesse universo em que todo mundo quer provar poder caçando dragões, ele faz o oposto, cria uma conexão improvável com um deles. Ao invés de tentar se encaixar no padrão, ele encontra seu próprio caminho e muda a mentalidade de uma vila inteira no processo.
O legal é que Como Treinar o Seu Dragão não romantiza a ideia de ser diferente, mas mostra como isso pode virar uma vantagem real. É uma história sobre questionar tradições, desafiar expectativas e transformar o que parece fraqueza em algo relevante. Tudo isso com cenas incríveis de voo e uma trilha sonora que empolga.
Um mergulho na liberdade: Flávio Império, na Pina Estação
Visitar a exposição “Flávio Império: tens a vontade e ela é livre” é atravessar um portal para um Brasil que ainda pulsa em nós. Cada traço, cor e forma que compõem as cerca de 300 obras expostas é um testemunho vivo de um tempo em que criar era, antes de tudo, resistir.
Flávio Império foi arquiteto, cenógrafo, artista plástico, militante, um espírito inquieto que, entre as décadas de 1960 e 1980, transformou suas múltiplas linguagens em ferramentas para questionar regimes autoritários, afirmar identidades e narrar o Brasil profundo que não cabia nos noticiários oficiais. Suas telas vibram com símbolos populares, ícones religiosos, máscaras, bandeiras e cores que parecem gritar liberdade em meio à repressão. Há, em seu trabalho, um diálogo tenso entre o desejo de mudança social e a delicadeza da cultura popular, entre a utopia política e o lirismo cotidiano.
É impossível percorrer essa exposição sem sentir que se está diante de fragmentos da nossa própria história recente: a censura, o medo, mas também a reinvenção constante, a força criativa e a esperança em dias melhores. Flávio Império nos lembra que cultura não é só entretenimento: é memória, denúncia e sonho. E, sobretudo, é liberdade.
Local: edifício Pina Estação (4º andar)
Data: de 28 de junho a 1 de fevereiro de 2026
Endereço: Largo General Osório, 66, Santa Efigênia, São Paulo
Horário de funcionamento: de quarta a segunda, das 10h às 18h
Quem está em busca de arte contemporânea que tem verdade e conexão com as ruas, fique de olho em Pietra Canle. Artista plástica periférica, Pietra transforma vivências da quebrada em cores vibrantes, texturas marcantes e narrativas que te puxam pra dentro da obra.
O trabalho dela mistura elementos da cultura urbana, memórias afetivas e críticas sociais, sempre com uma estética forte que te faz parar pra olhar duas vezes. Não é arte só pra pendurar na parede: é arte que fala sobre território, identidade e sobre quem muitas vezes fica invisível nos grandes circuitos culturais.
Além de talento, Pietra carrega propósito. Seu processo criativo passa por oficinas, trocas com a comunidade e intervenções em espaços públicos, tornando a arte algo vivo e acessível. Ela é parte de uma geração que está sacudindo a cena artística brasileira, mostrando que a periferia não é só cenário, é protagonista.
#acessibilidade: a foto mostra uma mulher negra em primeiro plano, de pé em uma escadaria urbana durante o pôr do sol, segurando um pincel largo com a mão direita erguida. Ela veste camiseta branca com estampa vermelha, calça larga vermelha e uma pochete na cintura. Seu cabelo é longo e trançado. Ao fundo, prédios, postes e o céu em tons de laranja, rosa e roxo iluminam a cena.
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Até a semana que vem!